terça-feira, 18 de agosto de 2015

"Os assassinos estão livres, nós não estamos"

A adolescência é um período de amadurecimento que, como toda transição, causa medo. Quase de repente, a criança torna-se adulta, e o tempo entre essas fases é cercado de conflitos internos e dúvidas e marcado por decisões definitivas como uma faculdade.

É principalmente nesse período que as atitudes tomadas são reflexos da realidade, do contexto em que se está inserido e da forma como se é tratado na família e na sociedade. E por haver essa dificuldade de distinção entre infância e fase adulta, em relação a jovens de dezesseis e dezessete anos, é que surgem temas complexos como a redução da maioridade penal.

Tendo em vista todas as dificuldades por que passam os jovens, descritas anteriormente, é fato que parte da criminalidade cometida por eles pode ser fruto do descaso do governo na educação e, em alguns casos, também se deve ao desequilíbrio da estrutura familiar.

Porém, a generalização é um grande erro uma vez que, independente da origem do problema e dos motivos que o causa, são estes crimes que assustam todo um país fazendo-o se curvar diante da violência. Portanto, é inegável que esses adolescentes devem ser duramente punidos, na exata proporção de seus erros.

Pode parecer uma faca de dois gumes, difícil de resolver, mas não é. Trata-se apenas da relação entre punir os crimes cometidos e evitar os que poderão ser praticados. Cuidar do presente e garantir o futuro. Em palavras mais objetivas: a polícia deve cumprir seu dever de manter segura a sociedade, independente de idade, e o governo garantir um futuro decente para todos, investindo em meras obrigações que são motivos da existência dele.

Texto escrito pela aluna Pauline Mingati - 3ª série "B" 

Professora responsável: Débora Lima

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